Na
apresentação do livro Patrimônio: atualizando o debate (IPHAN, 2006) o
arquiteto e professor Carlos Lemos escreve que é rara a oportunidade de editoras
publicarem "questões referentes às
políticas e critérios de salvaguarda e
restauração de bens culturais, sobretudo arquitetônicos, visando debater ideias
e quem sabe chegar a consensos".
Segundo Lemos,
o tema não possui interesse popular e raramente os órgãos oficiais se propõem a
discutir em público seus procedimentos como se estivessem a se justificar.
Escolhi a
abertura de Carlos Lemos para a abertura da aula deste ano, pois foi há exatos
19 anos que li meu primeiro livro sobre o tema O que é Patrimônio Histórico da Coleção Primeiros Passos,
publicado pelo mesmo autor em 1981, ou seja, há 36 anos este
admirável professor trouxe a público conhecimentos complexos de forma simplificada e acessível que até hoje o motiva a trabalhar, estudar e ensinar.
No link abaixo há um documentário que consegue transmitir um pouco da essência deste grande homem.
Feitas as devidas e merecidas referências ao professor Carlos Lemos, proponho a seguinte reflexão:
Por que o debate sobre patrimônio possui pouco interesse popular?
Por que o autor afirma que os debates sobre o tema nem sempre chegam a consensos?
Mais adiante, no mesmo texto de apresentação, o autor dá as primeiras respostas.
"O técnico preservacionista, no entanto, está permanentemente cercado de opiniões, até conflitantes, relativas a critérios de conservação, a comportamentos perante monumentos arquitetônicos e a respeito das cidades. Muita filosofia, muita teoria.!" (LEMOS, 2016, p.13)
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