sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ação Educativa Patrimônio Imaterial de Batatais/SP

OFICINA DE CARNAVAL

      Há quatro anos consecutivos estamos desenvolvendo uma ação educativa, no período do carnaval, diretamente com as crianças das escolas de samba da Estância Turística de Batatais.
       Em todas as ações educativas, o principal objetivo é realizar um trabalho artístico na temática do carnaval, utilizando do material descartado nos barracões das escolas de samba, envolvendo as crianças de cada comunidade do samba em todo o processo de confecção e criação.
       A primeira oficina ocorreu em 2008, com o tema "O que é que a baiana tem". Nesta oficina o Museu Histórico e Pedagógico Dr. Washington Luis levou a foto de uma baiana no desfile da década de 80 em Batatais, reproduzida em um painel de 2.00 x 1.50 m, para ser pintada e incrementada com os enfeites disponibilizados em cada escola de samba.
        Em 2009, fizemos a oficina de confecção de uma tela em cada escola de samba, com ampliações de fotografias de carnaval disponibilizadas pelo Museu.

1ª ETAPA: Transferir a imagem para a tela



 2ª ETAPA: pintar a tela com tinta acrílica






3ª ETAPA: Colocar adereços disponibilizados nos barracões das escalas de samba




4ª ETAPA: Acabamento e assinatura da obra





 






Atualmente as telas fazem parte do acervo da União das Escolas de Samba de Batatais

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Convite para a Estação Folia!!!!


1ª Estação Folia

23 de Fevereiro
20h
Estação Cultura
Exposição fotográfica em homenagem aos carnavalescos:
(colaboração dos fotógrafos de Batatais)
Carlos Henrique (Carlim da Riachuelo)
Darci Meireles
Felicíssimo Antônio dos Santos (Simão)
Magda Mônica Stela
Ronaldo Sciena Tofeti
Valdir Pereira (Jamelão)

·         Abertura da exposição de máscaras
(resultado da oficina de carnaval desenvolvida
nos barracões das escolas de samba)
·         Apresentação da NUAP
·         Apresentação do “Bailação”
·         Batucada (Mestre Adilson e banda)



Realização: Associação Estação Cultural 
                   Museu H.P. Dr. Washington Luis
                   Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Apoio:       Posto São Paulo           UESB      


 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O papel da história: Face de espelho







         “Há muitos anos vivia na Índia um rei sábio e muito culto. Já havia lido todos os livros de seu reino. Seus conhecimentos eram numerosos como os grãos de areia do rio Ganges. Muitos súditos e ministros, para agradar o rei, também se aplicaram aos estudos e às leituras dos velhos livros. Mas viviam disputando entre si quem era o mais conhecedor, inteligente e sábio. Cada um se arvorava em ser o dono da verdade e menosprezava os demais.
         O rei se entristecia com essa rivalidade intelectual. Resolveu, então, dar-lhes uma lição. Chamou-os todos para que presenciassem uma cena no palácio. Bem no centro da grande sala do trono estavam alguns belos elefantes. O rei ordenou que os soldados deixassem entrar um grupo de cegos de nascença.
         Obedecendo às ordens reais, os soldados conduziram os cegos para os elefantes e, guiando-lhes as mãos, mostraram-lhes os animais. Um dos cegos agarrou a perna de um elefante; outro segurou a cauda; outro tocou a barriga; outro, as costas; outro apalpou as orelhas; outro, a presa; outro, a tromba.
         O rei pediu que cada um examinasse bem, com as mãos, a parte que lha cabia. Em seguida, mandou-os vir à sua presença e perguntou-lhes:
         __ Com que se parece um elefante?
         Começou uma discussão acalorada entre os cegos.
         Aquele que agarrou a perna respondeu:
         __ O elefante é como uma coluna roliça e pesada.
         __ Errado! – interferiu o cego que segurou a cauda. __O elefante é tal qual uma vassoura de cabo maleável.
         __ Absurdo! – gritou aquele que tocou a barriga. __ É uma parede curva e tem a pele semelhante a um tambor.
         __ Vocês não perceberam nada – desdenhou o cego que tocou as costas. __ O elefante parece-se com uma mesa abaulada e muito alta.
         __ Nada disso! – resmungou o que tinha apalpado as orelhas. __É como uma bandeira arredondada e muito grossa que não pára de tremular.
         __ Pois eu não concordo com nenhum de vocês – falou alto o cego que examinara a presa. __Ele é comprido, grosso e pontiagudo, forte e rígido como os chifres.
         __ Lamento dizer que todos vocês estão errados – disse com prepotência o que tinha segurado a tromba. __ O elefante é como a serpente, mas flutua no ar.
         __ O rei se divertiu com as respostas e, virando-se para seus súditos e ministros, disse-lhes:
         __ Viram? Cada um deles disse a verdade. E nenhuma delas responde corretamente a minha pergunta. Mas se juntarmos todas as respostas poderemos conhecer a grande verdade. Assim são vocês: cada um tem a sua parcela de verdade. Se soubesses ouvir e compreender o outro e se observarem o mundo de diferentes ângulos, chegarão ao conhecimento e à sabedoria.”

FONTE: HOLANDA, A. B. de e RÓNAI, P. Mar de Histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, v.1.Conto do budismo chinês
        
         Com este texto, podemos observar o quanto a história está relacionada à busca de dados que comprovem a verdade; mas mesmo sendo contada a partir de provas concretas, a história está sujeita à escolha e competência de quem a escreve.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Memória e esquecimento (Parte 1)

"Uma das principais responsabilidades do homem
é a de revelar o esquecido,
mostrar que o passado comportava outros futuros
além deste que realmente ocorreu"
(BENJAMIM, Walter)


         Esta é a cidade francesa Oradour Sur Glane que foi destruída durante a II Guerra Mundial (1944) e que ficou preservada em ruínas, como uma das muitas formas encontradas pelo ser humano para manter a memória da guerra presente nos dias atuais, proporcionando novos olhares, novas vivências e novas memórias a partir deste lugar.

         Por que será que este tipo de memória é tão importante?
         Por que temos a necessidade de lembrar e também de esquecer?
         Será que conseguimos nos lembrar de tudo que gostaríamos?
         E esquecer?
         Qual o limite entre memória e esquecimento?

       Na primeira parte de nossa reflexão sobre memória e esquecimento desejo colocar em debate as seguintes perguntas:
       Existe alguma forma de vivermos o momento presente sem relacioná-lo com os fatos do passado?
       Até que ponto o passado faz parte de nosso presente?

(pausa para refletir)


O que os olhos não veem...

         
REFLEXÕES SOBRE A ACESSIBILIDADE DA ARTE

         Este trabalho foi desenvolvido com o 2º ano de Licenciatura em Artes (UNIFRAN) em 2010.

         Dentro da proposta de tornar a arte acessível ao deficiente visual, os alunos experimentaram a dificuldade de descrever uma obra apenas verbalmente para que o colega pudesse visualizá-la em sua mente, e depois transferir os dados para um papel.

 




1ª etapa: descrever o todo da obra com as percepções emocionais que a mesma transmite ao receptor que está descrevendo.




2ª etapa: descrever cores e movimento dos traços (técnicas da obra).





3ª etapa: descrever cada elemento da composição e sua localização na obra



4ª etapa: atentar para a dificuldade de fazer com que o outro entenda o que está sendo descrito




























5ª etapa: confrontar a obra e o desenho feito




6ª etapa: troca de obra e de papel na dupla. Agora quem descreveu desenhará outra obra descrita verbalmente.

Desejo, necessidade, vontade de arte (Parte 4)


A arte é o que nos torna humano!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desejo, necessidade, vontade de arte (parte2)



"A arte consola, conforta...
É pão espiritual.

Há uma fome em nós que nenhuma prosperidade material pode saciar.
Você continua faminto.

Faminto de transcendência.
Algo que me diga:

- Você é mais que seu corpo
- Você é mais que suas necessidades básicas
- Você é mais do que esta coisa quantitativa, com tal peso, tal cor, tal idade.

Você é aquilo que está presente no seu desejo, no seu sentimento e na sua alma."
(Adélia Prado)

ESTA É A DEFINIÇÃO MAIS PERFEITA QUE JÁ ENCONTREI PARA NOSSA FOME DE ARTE e tem muito mais beleza na entrevista do programa "Sempre um papo"

"BELEZA NÃO É LUXO, É NECESSIDADE"

http://www.sempreumpapo.com.br/audiovideo/player.php?id=127